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Há 32 anos, uma das cenas de ação mais incríveis e caras da história do cinema foi protagonizada por Sylvester Stallone no filme Risco Total, dirigido por Renny Harlin. Para viabilizar essa sequência, Stallone chegou a pagar 1 milhão de dólares do próprio bolso, aceitando até um corte salarial, já que nenhuma seguradora quis assumir o risco dessa acrobacia aérea realizada sem o uso de efeitos digitais ou CGI.
A cena, que entrou para o Guinness World Records como a mais cara de acrobacia aérea, contou com o trabalho do dublê britânico Simon Crane. Crane realizou um salto de um avião para outro em pleno voo, a mais de 4.500 metros de altitude, enfrentando temperaturas extremas de até 50 graus negativos, usando máscara protetora e traje especial. Em um momento dramático da filmagem, ele chegou a bater várias vezes na lateral do avião e quase foi atingido pelos motores antes de conseguir se libertar e abrir seu paraquedas. Essa cena foi filmada apenas uma vez devido ao risco extremo envolvido, e até hoje é considerada um marco de coragem e ousadia no cinema de ação.
O enredo de Risco Total traz Stallone como Gabe Walker, um alpinista traumatizado após um acidente fatal, que é chamado para resgatar um grupo em perigo nas Montanhas Rochosas, mas acaba envolvido numa armadilha para ajudar terroristas a encontrar um tesouro perdido. O filme custou cerca de 70 milhões de dólares, uma quantia altíssima para a época, e a produção enfrentou grandes desafios financeiros, com Stallone abrindo mão de parte de seu salário para ajudar a concluir o projeto.
Essa proeza de filmagem é muitas vezes comparada com cenas similares de outros filmes de ação, como Missão: Impossível, estrelado por Tom Cruise, que também realiza muitas acrobacias ao vivo. Porém, a sequência de Risco Total continua sendo mais perigosa e ousada, dada a falta de CGI e a complexidade técnica do salto entre aviões em alta altitude.
Além de evidenciar a determinação e paixão de Stallone pelo cinema de ação, essa história também destaca a evolução das técnicas de filmagem e os enormes riscos assumidos pelos profissionais por trás das câmeras para entregar momentos inesquecíveis nas telonas. Hoje, com orçamentos que podem ultrapassar os 300 milhões de dólares, muitas cenas continuam misturando efeitos especiais digitais com acrobacias reais, mas o feito de 32 anos atrás permanece como um símbolo de coragem e inovação no gênero.
Esse legado reforça a importância da dedicação e investimento em produções que levam o público ao limite da emoção, e inspira não só cineastas e atores, mas também amantes do cinema a valorizarem a arte e o esforço por trás das sequências mais eletrizantes e memoráveis do cinema de ação.
