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O Japão enfrenta uma crise demográfica sem precedentes, com a população diminuindo em mais de 900 mil pessoas somente em 2024, o maior recuo registrado desde o início dos censos em 1968. A população total caiu 0,75% no período, passando para cerca de 120,65 milhões de habitantes, e o país enfrenta seu 16º ano consecutivo de declínio populacional[2][4].
Além da queda na população, o número de nascimentos atingiu um recorde negativo histórico: no ano passado, nasceram apenas 686 mil crianças, o primeiro ano em que esse número ficou abaixo de 700 mil desde 1899. Essa redução corresponde a uma diminuição de mais de 41 mil nascimentos em relação a 2023 e marca o nono ano seguido de queda na taxa de natalidade, que alcançou o índice baixíssimo de 1,15 filho por mulher[1][3].
Paralelamente, o número de óbitos mais que dobrou o de nascimentos, com 1,6 milhão de mortes em 2024, refletindo o envelhecimento da população japonesa. Cerca de 30% dos japoneses têm 65 anos ou mais, tornando o Japão o segundo país com a população mais envelhecida do mundo, atrás apenas de Mônaco[2][4]. Essa mudança estrutural tem provocado sérios desafios econômicos e sociais, principalmente pela escassez de mão de obra em diversos setores e pelo aumento do custo de cuidados para a parcela idosa da população.
O declínio demográfico está relacionado a vários fatores, entre eles o alto custo da educação, a estagnação econômica, a diminuição do número de casamentos e mudanças nos estilos de vida que desestimulam a formação de famílias e o aumento da natalidade[1][3][5]. Essa situação é especialmente crítica em áreas rurais, onde o envelhecimento é ainda mais acentuado, e muitas localidades já têm a maioria dos habitantes com mais de 65 anos[1].
Para enfrentar essa “emergência silenciosa”, o governo japonês tem anunciado medidas como flexibilização da jornada de trabalho, expansão de creches gratuitas, incentivos financeiros para jovens, redução das mensalidades universitárias e apoio para estimular casamentos[1][2][3]. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba enfatizou que 2030 é uma data-limite para tentar conter essa tendência preocupante. Além disso, há esforços para revitalizar regiões rurais e melhorar as condições para as famílias no país.
Outro aspecto digno de nota é o aumento da população de estrangeiros residentes no Japão, que atingiu a maior marca desde o início dos registros em 2013, com 3,67 milhões de pessoas, cerca de 3% do total, mostrando um possível caminho para compensar a redução da população nativa[2][4].
Este quadro demográfico complexo do Japão serve como um alerta sobre os impactos sociopolíticos do envelhecimento populacional e da baixa natalidade, fenômenos que podem afetar diversas nações desenvolvidas no futuro próximo.

