HyperOS: Xiaomi inicia saída do ecossistema Google nos smartphones

HyperOS: Xiaomi inicia saída do ecossistema Google nos smartphones
HyperOS: Xiaomi inicia saída do ecossistema Google nos smartphones

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A Xiaomi está iniciando uma transformação significativa ao preparar-se para abandonar gradualmente o ecossistema do Google em seus smartphones, apostando no HyperOS, seu próprio sistema operacional baseado no Android de código aberto, mas sem os serviços Google Mobile Services (GMS). Essa mudança tem como objetivo criar um ambiente mais autônomo e independente, no qual a Xiaomi desenvolve internamente suas soluções e serviços, reduzindo a dependência da Google e das restrições que podem advir de tensões políticas e comerciais entre China e Estados Unidos[1][3][4].

O HyperOS 3.0, esperado para o final de 2025, será a primeira versão do sistema da Xiaomi planejada para funcionar sem a integração direta com os serviços Google, inicialmente direcionada ao mercado chinês, onde esses serviços já são limitados. A empresa pretende, assim, fortalecer seu ecossistema próprio, incluindo alternativas para a loja de aplicativos, serviços em nuvem, mapas, e assistentes inteligentes. Esta estratégia segue um caminho similar ao adotado pela Huawei com o HarmonyOS, que também evoluiu para um sistema independente do Android tradicional e dos serviços Google[1][3][4].

Além da Xiaomi, outras fabricantes chinesas importantes como Oppo, Vivo, OnePlus e Huawei estão colaborando no desenvolvimento dessas soluções, buscando criar uma alternativa robusta ao Android da Google. A base desse sistema alternativo provavelmente será o Android Open Source Project (AOSP), que não inclui os aplicativos e serviços proprietários da Google, exigindo que as fabricantes adotem ou desenvolvam suas próprias versões desses serviços essenciais[1][3][4].

Essa transformação inclui também o desenvolvimento do chipset próprio da Xiaomi, anunciado para o segundo semestre de 2025, o Xring 01, que simboliza a mudança da empresa para um controle total sobre hardware e software, reforçando sua independência de fornecedores como Qualcomm e MediaTek, essenciais até então para seus dispositivos[2].

Para os usuários, essa transição pode trazer impactos importantes, principalmente para quem utiliza os serviços do Google e a Play Store, que, em versões sem Google, podem ser substituídos por lojas e serviços alternativos locais. A compatibilidade com a vasta gama de aplicativos Android é uma questão em aberto, já que sistemas sem integração direta com a Google podem ter limitações para rodar apps que dependem desses serviços. Contudo, a Xiaomi planeja implementar essa mudança gradualmente e, dependendo do sucesso no mercado chinês, ampliar para outras regiões, incluindo Ásia, Europa e América Latina[1][3][5].

No Brasil, a expectativa é que, embora a versão inicial do HyperOS 3 seja lançada primeiro na China, a atualização global chegue pouco tempo depois, contemplando os modelos recentes como Xiaomi 15 Ultra, Redmi K80 Pro, POCO F7 Pro, entre outros. Isso representa um momento importante para os consumidores locais, que deverão acompanhar as mudanças para entender como esses novos sistemas influenciarão a experiência de uso e a disponibilidade de aplicativos[5][6].

Em resumo, a Xiaomi está traçando um caminho inovador rumo à independência tecnológica, com o desenvolvimento de seu próprio sistema operacional e chipset, saindo do domínio do Google e de fornecedores externos. Essa movimentação espelha uma tendência estratégica crescente entre fabricantes chineses, motivada por fatores geopolíticos, comerciais e tecnológicos, que poderá reconfigurar o mercado global de smartphones nos próximos anos. Para os usuários, é fundamental ficar atento às atualizações, entender as novas plataformas e avaliar o impacto na experiência digital diária.