Fraudes digitais e IA aumentam riscos de golpes na Black Friday

Fraudes digitais e IA aumentam riscos de golpes na Black Friday
Fraudes digitais e IA aumentam riscos de golpes na Black Friday

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Uma rede multinacional de tecnologia vendeu iPads por apenas R$ 100 em vez dos quase R$ 4 mil habituais, causando inicialmente suspeitas de golpe, mas a transação se revelou legítima e parte de uma estratégia promocional da empresa. Esse episódio ilustra como ofertas inacreditavelmente baixas em grandes eventos, como a Black Friday, podem causar desconfiança, especialmente diante do aumento expressivo de fraudes digitais no Brasil.

O Brasil enfrenta uma epidemia crescente de golpes e fraudes online, com mais de 6,9 milhões de tentativas registradas só no primeiro semestre de 2025, um aumento de quase 30% em relação ao ano anterior. As grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs, acabam lucrando com muitos desses golpes devido a modelos de negócios que priorizam a monetização de anúncios, permitindo que anúncios fraudulentos circulem amplamente antes de serem removidos. Pesquisa recente expondo a atuação dessas plataformas revela que até 70% dos novos anunciantes promovem golpes ou produtos ilegais, gerando receitas bilionárias para essas empresas apesar do dano causado aos consumidores.

Além disso, o avanço da inteligência artificial tem tornado os golpes ainda mais sofisticados, com o uso de deepfakes, clonagem de voz e criação automatizada de sites e perfis falsos. Isso dificulta o reconhecimento de fraudes por parte dos consumidores, 63% dos quais relatam não conseguir identificar golpes envolvendo IA. Em ocasiões como a Black Friday, o aumento do tráfego e da pressa na compra favorecem ações fraudulentas, que geram prejuízos bilionários ao varejo e afetam a confiança dos consumidores.

Para se proteger, é fundamental que os consumidores adotem boas práticas de segurança, como verificar se o site possui conexão segura (HTTPS e cadeado na barra de endereços), desconfiar de descontos muito acima do mercado, conferir o histórico e avaliações de vendedores e evitar fornecer dados pessoais ou bancários fora das plataformas oficiais. Empresas sérias não solicitam informações sensíveis por meio de chats ou mensagens externas. O uso de tecnologias antifraude baseadas em inteligência artificial tem sido ampliado pelas plataformas para identificar padrões suspeitos, validar identidades e monitorar redes sociais, mas a luta contra os fraudadores é constante e exige atenção redobrada.

Ao desconfiar de um golpe ou sofrer fraude, é indicado agir rapidamente: contactar o banco para bloquear transações suspeitas, registrar boletim de ocorrência, notificar órgãos de defesa do consumidor e reforçar a segurança das contas com autenticação multifator e troca de senhas.

Ofertas com preços muito abaixo do mercado, como os iPads vendidos a R$ 100, embora possam ser legítimas em casos excepcionais, merecem análise cuidadosa para evitar cair em armadilhas. A conscientização e o uso de ferramentas de proteção são essenciais para um consumo mais seguro e responsável em um cenário de golpes cada vez mais sofisticados e prevalentes.