Queda de patentes do Ozempic em 2025 abrirá mercado para genéricos

Queda de patentes do Ozempic em 2025 abrirá mercado para genéricos
Queda de patentes do Ozempic em 2025 abrirá mercado para genéricos

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A epidemia do uso de Ozempic, um medicamento originalmente indicado para diabetes tipo 2, ganhou repercussão até entre fãs da série Stranger Things, que comentam de forma descontraída sobre a “invasão” da droga em dimensões paralelas, refletindo o fenômeno cultural e a mudança drástica no comportamento e na saúde pública. O Ozempic, que contém o princípio ativo semaglutida, é um dos chamados agonistas do receptor GLP-1, conhecidos por suprimir o apetite e promover perda de peso significativa. Ele se tornou extremamente popular nos últimos anos, especialmente para controle de peso, embora sua indicação oficial seja para o tratamento da diabetes.

O sucesso e a procura pelo Ozempic e similares, como o Mounjaro (tirzepatida), cresceram tanto que documentos recentes indicam que alguns sistemas públicos de saúde, como o da Espanha, recusaram financiamento para novas apresentações desses medicamentos, devido ao impacto no orçamento e à necessidade de racionalização dos gastos públicos. No entanto, fabricantes continuam em diálogo com autoridades para tentar ampliar o acesso a esses tratamentos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recentemente emitiu recomendações para o uso desses medicamentos, enfatizando que o tratamento do sobrepeso e obesidade deve ser combinado com suporte ao comportamento, alimentação saudável e atividade física regular, além de acompanhamento prolongado. A OMS reconhece a obesidade como uma doença crônica, progressiva e recorrente, que demanda um manejo integrado e de longo prazo. Os medicamentos GLP-1, segundo a OMS, são ferramentas eficazes, mas não soluções isoladas, e o desafio maior está no acesso justo e sustentável desses fármacos no mundo.

Além disso, uma revolução se aproxima com a expiração das patentes do semaglutida em vários países importantes, como Brasil, Canadá, China e Índia, prevista para 2025. Isso deve abrir espaço para versões genéricas mais acessíveis, capazes de ampliar ainda mais o alcance do tratamento para a obesidade, que já é considerada uma epidemia global, com quase 900 milhões de adultos afetados e um enorme impacto em doenças cardiovasculares, diabetes e outros problemas de saúde. Empresas farmacêuticas indianas e chinesas já se preparam para a “corrida dos genéricos”, oferecendo alternativas mais baratas em muitos mercados, o que pode possibilitar um acesso maior e uma redução de custos para pacientes e sistemas de saúde.

Por fim, a popularização do Ozempic e similares também provocou mudanças culturais notáveis, como o aumento da busca por tratamento para emagrecimento entre jovens e a transformação da percepção pública sobre a obesidade e o emagrecimento, que ganharam espaço significativo até nas redes sociais e na cultura pop. Isso evidencia tanto o potencial dos medicamentos quanto a necessidade urgente de políticas públicas inclusivas e integradas para combate efetivo à obesidade, combinando ciência, saúde pública e responsabilidade social.