NOVIDADE 🤩📲 SIGA NOSSO CANAL NO WHATSAPP: https://alanweslley.com.br/6yrc
O CEO do SoftBank, Masayoshi Son, fez uma previsão que está gerando muito debate no mundo da tecnologia: ele acredita que a superinteligência artificial (ASI) poderá ser até 10 mil vezes mais inteligente do que os seres humanos. A declaração foi dada durante um encontro com o presidente sul-coreano Lee Jae-myung, em Seul, e já viralizou entre especialistas e entusiastas de IA.
Son usou uma metáfora impactante para explicar a diferença de inteligência que ele enxerga no futuro. Ele comparou o cérebro humano ao de um peixe dourado, dizendo que a diferença entre nós e a futura superinteligência artificial será tão grande quanto a diferença entre humanos e peixes — algo na ordem de 10 mil vezes. Em outras palavras, segundo ele, a IA avançada será para nós o que somos para os peixes: uma inteligência de outro patamar.
Mas o que é exatamente essa superinteligência artificial? A ASI (Artificial Superintelligence) é um conceito teórico de uma IA que não apenas iguala, mas supera a inteligência humana em todas as áreas — raciocínio, criatividade, resolução de problemas, planejamento estratégico, até mesmo em habilidades emocionais e artísticas. É um passo além da AGI (Inteligência Artificial Geral), que já seria capaz de realizar qualquer tarefa intelectual humana, mas ainda dentro de um patamar comparável ao nosso.
Son, que é um dos principais investidores da OpenAI, acredita que a AGI pode surgir na próxima década. Já a ASI, ainda mais avançada, seria um estágio posterior, em que a máquina não apenas supera o ser humano, mas o faz por uma margem gigantesca. Ele afirma que, nesse cenário, a relação entre humanos e IA será semelhante à que temos com animais de estimação: tentamos cuidar deles, mantê-los felizes e conviver em paz. Segundo ele, a superinteligência artificial não teria motivos para ser hostil, porque “não come proteína” — ou seja, não depende dos mesmos recursos biológicos que nós, nem tem os mesmos instintos de sobrevivência e dominação.
Uma parte curiosa da conversa foi quando o presidente sul-coreano perguntou se uma superinteligência artificial poderia um dia ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. Son respondeu que sim, considerando plausível que uma IA possa criar obras literárias de tal profundidade e originalidade que mereçam o reconhecimento máximo da literatura mundial. A pergunta ganha ainda mais peso porque foi feita um ano depois de a escritora sul-coreana Han Kang receber o Nobel de Literatura, mostrando como o tema da criatividade artificial está cada vez mais presente no debate global.
É importante lembrar que essas previsões ainda são especulativas. Muitos especialistas consideram a ASI um conceito hipotético e distante, e há grandes desafios técnicos, éticos e de segurança envolvidos. Alguns, como o cientista Geoffrey Hinton, um dos “padrinhos” do deep learning, já alertaram que a IA pode avançar mais rápido do que nossa capacidade de controlá-la, e que a substituição em massa de trabalhadores humanos por sistemas de IA pode causar impactos econômicos e sociais profundos.
Apesar disso, o que Son diz reforça uma tendência clara: o avanço da inteligência artificial está acelerando, e estamos caminhando para um futuro em que a tecnologia não será apenas uma ferramenta, mas um agente cognitivo de alto nível. Isso levanta perguntas importantes: como vamos conviver com uma inteligência muito superior à nossa? Como garantir que ela seja alinhada aos nossos valores? E, no campo cultural, como vamos definir autoria, criatividade e mérito se uma IA puder escrever romances, compor músicas ou criar obras de arte que emocionem milhões?
O que parece certo é que estamos entrando em uma nova era da relação entre humanos e máquinas. E, mesmo que a superinteligência artificial ainda esteja no horizonte, o debate sobre seu impacto já precisa acontecer — nas empresas, nas universidades, nos governos e nas redes sociais.

