Alan Weslley Games Noticias Notícias, tech, Tech China lidera solar global, ultrapassa 1 TW e enfrenta desafios

China lidera solar global, ultrapassa 1 TW e enfrenta desafios

China lidera solar global, ultrapassa 1 TW e enfrenta desafios

China lidera solar global, ultrapassa 1 TW e enfrenta desafios

A China se tornou a maior potência mundial na produção e instalação de painéis solares, alcançando um marco histórico ao ultrapassar 1 terawatt (TW) de capacidade instalada em energia solar, número que corresponde a quase metade da capacidade solar total global[4][3]. Essa liderança veio acompanhada de uma produção tão significativa que os preços dos painéis solares despencaram, tornando os módulos solares chineses os mais baratos do mercado global, com preços chegando a cerca de nove centavos de dólar por watt nos módulos de tecnologia TOPCon[1].

No primeiro semestre de 2025, a China adicionou 212 gigawatts (GW) de nova capacidade solar, mais que o dobro do ano anterior, refletindo um crescimento impulsionado por políticas governamentais de incentivo, avanços tecnológicos e a robustez da indústria local, que responde por mais de 80% da fabricação global de equipamentos solares[2][4]. Essa expansão é parte de uma política estratégica para reduzir a dependência de energia fóssil, especialmente do carvão, e para fortalecer sua matriz energética com fontes renováveis, atingindo uma participação de 22,5% de energia limpa no consumo total de eletricidade no primeiro trimestre de 2025[3].

Entretanto, o cenário não é isento de desafios. O excesso de capacidade produtiva levou a um cenário de queda nas margens de lucro para as empresas chinesas do setor, acompanhada de uma retração nas exportações, especialmente para mercados tradicionais na Europa, Oriente Médio e América do Sul, que diminuiu significativamente[2]. Muitas empresas fotovoltaicas vêm enfrentando dificuldades financeiras, com algumas entrando em falência ou reestruturação, em parte devido à redução dos incentivos políticos e barreiras comerciais internacionais.

Para equilibrar esse excesso de oferta e preservar a sustentabilidade do setor, o governo chinês já sinalizou a intenção de fechar algumas fábricas de produção de painéis solares, buscando evitar a saturação do mercado e promover um crescimento mais sustentável. Ao mesmo tempo, a China continua a avançar na construção de grandes projetos solares, inclusive em áreas desérticas, onde planeja instalar centenas de gigawatts adicionais até 2025, consolidando sua posição na fronteira da transição energética global[5][6].

Esses movimentos refletem a complexa dinâmica do mercado mundial de energia solar, onde o domínio chinês influencia preços, oferta e competitividade, ao mesmo tempo que enfrenta a necessidade de ajustes para manter o equilíbrio econômico e ambiental. A trajetória chinesa demonstra tanto o potencial quanto os desafios da rápida transição para energias renováveis em escala global.

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