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Death Stranding 2: On the Beach é considerado uma evolução notável em relação ao original, trazendo uma história intrigante, visual deslumbrante, e uma jogabilidade refinada que mescla ação furtiva com exploração em um cenário vasto e atmosférico inspirado na Austrália. O jogo se destaca por sua capacidade de proporcionar momentos de reflexão e uma experiência sensorial imersiva, com um design de som primoroso e trilha sonora curada por artistas como Woodkid e Low Roar. A performance técnica é impecável, especialmente na versão para PlayStation 5, com aproveitamento total dos recursos do DualSense para intensificar a imersão.
Por outro lado, apesar de seu refinamento artístico e narrativo, Death Stranding 2 sofre com sérios problemas relacionados à acessibilidade, que comprometem a experiência de jogadores com necessidades especiais. A interface do jogo carece de filtros adaptados para daltônicos, opções de personalização visual e outras funcionalidades básicas que ajudam a tornar o jogo mais inclusivo para um público amplo. Essa falha representa um retrocesso na inclusão, especialmente considerando o avanço técnico e narrativo da obra, e desperta críticas importantes sobre a necessidade de atenção maior a esses aspectos em grandes produções.
Além disso, embora o combate tenha recebido melhorias e o uso do suporte háptico do controle seja eficaz, o jogo ainda peca por não incluir giroscópio para mira, o que poderia facilitar o uso de armas à distância, aspecto importante dado que tiroteios fazem parte da experiência em pontos-chave da história.
Death Stranding 2 traz uma trama que aprofunda temas de luto, conexão e humanidade em tempos de caos, reafirmando a visão singular do criador Hideo Kojima sobre como a narrativa interativa pode ser uma forma de arte complexa e provocativa. No entanto, seu sucesso não elimina o debate em torno da necessidade de jogos modernos proporcionarem acessibilidade ampla, para que todos os jogadores possam desfrutar plenamente desse universo imaginativo e sensível.
Em resumo, apesar de ser uma obra-prima visual e narrativa e de oferecer uma experiência de jogo única e profunda, Death Stranding 2 evidencia que grandes produções devem investir não só na inovação artística e técnica, mas também em acessibilidade, para que o entretenimento digital seja verdadeiramente para todos.
