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O diretor Keiichiro Saito, responsável pela animação Frieren e a Jornada para o Além, expressou preocupação com a atual tendência do consumo de animes no mercado internacional, especialmente no Ocidente. Ele observa que o foco excessivo nas preferências por séries populares e repetitivas pode limitar a diversidade criativa do meio, criando uma desconexão entre os criadores japoneses e o público global. Segundo Saito, essa “grande corrente” de tendências pode fazer com que o anime seja visto apenas sob um único ângulo, comprometendo a riqueza e variedade que a produção japonesa tem a oferecer. Para ele, é essencial ampliar as perspectivas e apresentar a diversidade dos animes para o mundo, evitando que apenas um estilo ou tema dominante defina a percepção global sobre o gênero.
Essa reflexão foi feita durante sua participação no Global Anime Challenge (GAC), uma iniciativa voltada a apoiar jovens criadores e expandir a visão global sobre os animes, com mentoria de estúdios renomados como MAPPA, Trigger e Production I.G. Saito enfatiza que seu desejo é criar obras que cativem o público mundial por meio de abordagens variadas, ajudando a derrubar barreiras e estereótipos na recepção dos animes internacionalmente.
Sobre a série Frieren, a segunda temporada está em produção pelo estúdio Madhouse e tem estreia prevista para janeiro de 2026. A primeira temporada, composta por 28 episódios, está disponível em plataformas como Crunchyroll, Netflix e HBO Max, com legendas e dublagem em português, alcançando grande sucesso tanto no Japão quanto no exterior.
Além disso, houve uma troca na direção da segunda temporada: Tomoya Kitagawa assumirá o cargo principal, enquanto Keiichiro Saito continuará atuando em uma função de supervisão. Essa mudança faz parte do esforço para aprimorar a série e buscar novas perspectivas criativas que possam manter a qualidade e o caráter inovador da obra.
Frieren e a Jornada para o Além é uma adaptação do mangá japonês escrito por Kanehito Yamada e ilustrado por Tsukasa Abe, que já conta com mais de 17 milhões de cópias em circulação e diversos prêmios importantes no Japão, como o Mangá Taishō. A série é reconhecida por sua abordagem única, que mistura fantasia com temas profundos sobre o tempo, memória e o significado da vida após o término de uma jornada épica.
A preocupação do diretor Saito reflete um debate crescente na indústria de anime: como equilibrar o apelo comercial e as tendências de sucesso imediato com a necessidade de inovar e preservar a diversidade cultural e temática do anime. O GAC e outros projetos globais buscam incentivar essa renovação e abrir espaço para narrativas que desafiem os padrões dominantes e ampliem o horizonte dos fãs e criadores pelo mundo.
