Uma empresa de energia solar de Minnesota, Wolf River Electric, entrou com uma ação judicial contra o Google após a inteligência artificial integrada ao mecanismo de busca da empresa ter gerado uma informação falsa e difamatória sobre ela. A ferramenta de IA, chamada AI Overviews, respondeu a usuários que buscavam “demanda contra Wolf River Electric” afirmando que a empresa estava sendo processada pelo procurador-geral de Minnesota por práticas comerciais enganosas, incluindo mentiras sobre economia prometida e contratos com tarifas ocultas. No entanto, tais processos nunca existiram, o que causou danos significativos à reputação da empresa, levando até clientes a cancelarem contratos em valores que chegaram a 150 mil dólares[1][3][2].
Esse episódio evidencia o desafio e o risco decorrente do funcionamento dos grandes modelos de linguagem que alimentam essas inteligências artificiais. Por operarem com base em probabilidades, elas podem “alucinar”, ou seja, inventar respostas convincentes mesmo quando não dispõem de dados precisos, o que pode gerar consequências reais e negativas para empresas e pessoas envolvidas[1][3].
Além desse caso preocupante, o Google vem investindo em outras frentes relacionadas à energia e tecnologia, mostrando sua preocupação com a sustentabilidade. A empresa firmou um acordo para alimentar seus centros de dados de inteligência artificial com energia proveniente de pequenos reatores modulares nucleares, uma tecnologia inovadora e limpa, que deve começar a ser implementada a partir de 2030, garantindo até 500 megawatts de energia livre de carbono para as redes americanas 24 horas por dia[4]. Essa iniciativa reflete o enorme impacto dos centros de dados no consumo energético global, que deve dobrar até 2028, alcançando 857 TWh.
Paralelamente, o Google também utiliza inteligência artificial para impulsionar a transição energética no setor solar. Por meio da API Solar, baseada no Project Sunroof, a empresa oferece informações detalhadas sobre a eficiência dos painéis solares em mais de 320 milhões de edifícios em 40 países. Essa ferramenta utiliza dados geográficos em 3D, imagens aéreas e modelos climáticos para indicar onde os painéis solares podem gerar mais energia, otimizando assim investimentos e aumentando a sustentabilidade[5].
No contexto digital e tecnológico, este episódio com a IA do Google serve como um alerta sobre a importância da responsabilidade na geração e checagem de informações automatizadas, especialmente quando podem impactar negativamente a reputação de pessoas ou empresas. Também reforça a necessidade de regulamentação e aprimoramento das inteligências artificiais para evitar a disseminação de desinformação. Além disso, demonstra como grandes corporações tecnológicas estão buscando soluções inovadoras e sustentáveis para atender à crescente demanda energética enquanto transformam setores como o da energia solar com seus avanços tecnológicos.
