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Para quem pensa que George R.R. Martin é só o responsável por “As Crônicas de Gelo e Fogo” e pelo sucesso global de “Game of Thrones”, vale lembrar que sua trajetória foi cheia de altos e baixos. Antes da fama com a fantasia épica, ele quase largou a escrita por causa do fracasso do romance “The Armageddon Rag”, que teve vendas decepcionantes e colocou Martin diante de uma crise criativa e financeira[6]. O que salvou sua carreira nesse momento foi ainda pouco conhecido: o filme “Viajantes Noturnos”, de 1987.
O filme é uma adaptação da novela de ficção científica “Nightflyers”, escrita pelo próprio Martin em 1980. Curiosamente, a novela já havia sido indicada ao prestigiado Prêmio Hugo, mas a produção audiovisual enfrentou problemas desde o início. Lançado com pouca divulgação, o longa teve uma receita modesta, pouco mais de 1 milhão de dólares, e quase não circulou nos cinemas[1]. Nunca foi relançado oficialmente em DVD ou streaming, o que o transformou em uma relíquia cult dos anos 1980, difícil de ser encontrada hoje em dia[1].
Porém, apesar do fracasso de bilheteria, a venda dos direitos da história forneceu a Martin o recurso financeiro necessário para continuar escrevendo e recuperar a confiança na própria obra. Em seu blog, o autor já disse que tudo o que escreveu a partir dali — inclusive as obras mais conhecidas e a mudança para a televisão — deve muito a esse filme, que foi fundamental para manter viva sua carreira[1]. Foi só anos mais tarde que Martin voltaria à literatura fantástica, dando início à série que o consagraria mundialmente, mostrando que, muitas vezes, o sucesso é fruto de perseverança e de portas que nem sempre imaginamos.
Além de “Nightflyers”, Martin sempre se dedicou a gêneros diferentes nos anos 1970 e 1980, publicando outras novelas de ficção científica e terror, como “Fevre Dream” (sobre vampiros no Mississippi do século XIX) e colaborando na famosa série de antologia “Wild Cards”[4]. Também teve importante atuação como roteirista em Hollywood, especialmente nas séries “The Twilight Zone” e “Beauty and the Beast”, antes de finalmente retornar aos livros e mudar sua vida com a Fantasia Épica[5][6].
A história desse filme esquecido mostra que grandes carreiras podem ser salvas por projetos inesperados. E, para quem conhece Martin só como o roteirista de Westeros, vale a pena pesquisar essas influências, gêneros e tentativas anteriores, que formam uma teia interessante de inspirações e superação na jornada de um dos maiores nomes da literatura contemporânea.

