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A mais recente adaptação cinematográfica de Frankenstein, dirigida por Guillermo del Toro, revisita o clássico de Mary Shelley com uma abordagem profundamente humana e sensível, resgatando a essência da obra original e ampliando as reflexões sobre criação, rejeição e responsabilidade moral. Diferente das versões anteriores, que muitas vezes enfatizaram o horror grotesco, este filme propõe uma narrativa que explora a complexidade do relacionamento entre criador e criatura, destacando a inocência, a dor e a busca por aceitação do ser criado[3][5].
Del Toro apresenta Victor Frankenstein, interpretado por Oscar Isaac, como um cientista brilhante, porém arrogante e obcecado, cujas ações desencadeiam um ciclo trágico de abandono e vingança. A criatura, vivida por Jacob Elordi, não é mera monstruosidade, mas um ser senciente que passa por uma jornada emocional rica, da ingenuidade à revolta, sempre buscando um sentido para sua existência. Essa visão está muito mais alinhada ao espírito do romance de Shelley, que aborda temas como a solidão do excluído e o perigo do domínio humano desenfreado sobre a natureza[3][8].
Um dos destaques da adaptação é a transformação da personagem Elizabeth, interpretada por Mia Goth, que ganha força e voz, deixando de ser uma figura passiva para se tornar uma mulher curiosa, apaixonada pela ciência e empática com a criatura. Essa mudança traz uma camada de ternura e humanidade inédita à trama, mostrando que o amor e a compreensão podem surgir de onde menos se espera – Elizabeth, que no livro era a noiva de Victor, aqui é noiva do irmão dele e estabelece um vínculo quase maternal com a criatura[4][2].
O filme também desloca a crítica social originalmente focada na opressão estética e social para discussões sobre moralidade, poder e controle científico, abordando temas como militarismo e capitalismo. Essa atualização amplia o alcance da história, conectando-a a questões contemporâneas e reforçando o caráter metafórico da criatura como símbolo do ser humano incompreendido e marginalizado[2].
Tecnicamente, a produção é um espetáculo visual, com atenção meticulosa à fotografia, figurinos e efeitos práticos, marca registrada de Del Toro. As atuações são destacadas como primorosas, especialmente a de Elordi, que captura perfeitamente a complexa humanidade da criatura. Apesar de alguns críticos apontarem ritmo irregular devido à extensão da obra, o filme tem sido aclamado pela profundidade emocional e pela renovação da narrativa clássica[5][6][8].
Em suma, Frankenstein, sob a direção de Guillermo del Toro, não é apenas uma nova versão do romance gótico de Mary Shelley, mas uma obra que restitui a humanidade da criatura e convida o espectador a refletir sobre o significado de ser diferente, a dor do abandono e a possibilidade de redenção através do perdão e da empatia. Essa releitura impacta de forma significativa o legado literário e cinematográfico da história, trazendo-a para os debates atuais sobre ciência, ética e convivência social.
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Para quem busca mais do que terror, este filme oferece uma experiência rica em simbolismos, emoções e questionamentos que transcendem a simples narrativa de um monstro, reforçando a importância de olhar para o “outro” com humanidade e abertura. Disponível na Netflix, é uma obra indispensável para amantes da literatura, cinema e das grandes histórias do imaginário humano.

