Alan Weslley Games Noticias tech, Mobile, Notícias, Tech, Google, Xiaomi, mobile Google restringe Xiaomi: HyperOS avança para reduzir dependência.

Google restringe Xiaomi: HyperOS avança para reduzir dependência.

Google restringe Xiaomi: HyperOS avança para reduzir dependência.

Google restringe Xiaomi: HyperOS avança para reduzir dependência.

Durante muito tempo, os smartphones Xiaomi foram conhecidos por oferecer uma experiência próxima do Android puro, com um sistema altamente personalizável, baixo preço e acesso aos serviços Google, o que permitia uma integração fluida com o ecossistema mais popular de apps e funcionalidades móveis. Essa combinação facilitava fugir parcialmente da dependência rígida da Google, especialmente pelo uso da MIUI, interface própria da Xiaomi que permitia certo controle sobre os serviços do Google e grande personalização do sistema. Além disso, vários modelos da Xiaomi conseguiram contornar limitações e restrições impostas em outros dispositivos de marcas chinesas, garantindo ao usuário uma experiência completa com apps e serviços Google, como Gmail, Play Store e Google Chrome[1][7].

No entanto, mudanças recentes indicam que essa situação está se transformando radicalmente. O Google tem colocado limitações nas atualizações de seus serviços para telefones Xiaomi mais antigos, interrompendo o suporte para versões antigas do Android (8 e 9), que ainda são usadas por uma porcentagem significativa de dispositivos da marca no mercado[3]. Isso acaba forçando uma atualização obrigatória de hardware ou a migração para alternativas ao navegador Chrome e outros apps do Google, impactando diretamente a usabilidade desses celulares.

Além disso, as tensões geopolíticas e a necessidade de autonomia tecnológica têm levado gigantes chineses, incluindo a Xiaomi, a desenvolverem alternativas próprias ao Android e aos Google Mobile Services (GMS). Rumores indicam que a Xiaomi prepara um sistema operacional chamado HyperOS, que poderá reduzir progressivamente sua dependência dos serviços da Google. Este movimento segue o exemplo da Huawei, que desde 2019, após ser banida dos serviços Google, desenvolveu o HarmonyOS e os Huawei Mobile Services (HMS), criando um ecossistema próprio com loja de aplicativos alternativa, a AppGallery[1].

Ainda que abandonar completamente os serviços Google possa ser prejudicial para a Xiaomi nos mercados ocidentais devido à enorme base mencionada desses serviços, desenvolver sistemas e serviços autônomos funciona como forma de proteger sua operação contra riscos políticos e comerciais futuros, aumentando sua autonomia estratégica[1].

Portanto, a facilidade antes atribuída aos telefones Xiaomi para “fugir do Google” residia na versatilidade da MIUI aliado ao suporte pleno do ecossistema Google, que permitia grande liberdade e conveniência para o usuário. Agora, com as atualizações limitadas, o empurrão para novos sistemas operacionais e a evolução do HyperOS, a Xiaomi está caminhando para um modelo mais independente, que pode mudar substancialmente a experiência do usuário, especialmente fora da China. Isso exige atenção na escolha do dispositivo e na consideração do ecossistema digital ao longo dos próximos anos, sobretudo considerando a competitividade e inovação presentes em outras marcas como Huawei, Apple e Samsung[1][4].

Em resumo, o cenário está mudando: fugir do Google com Xiaomi ainda pode ser possível, mas está ficando mais complexo, por causa do avanço de sistemas próprios e da restrição de suporte para versões antigas do Android que a Google impõe, o que impacta usuários que não atualizam seus dispositivos ou preferem modelos mais antigos[3][1].

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