Alan Weslley Games Noticias tech, Mobile, Notícias, Tech, Google, Xiaomi, mobile HyperOS e chipset próprio: Xiaomi mira independência do Google

HyperOS e chipset próprio: Xiaomi mira independência do Google

HyperOS e chipset próprio: Xiaomi mira independência do Google

HyperOS e chipset próprio: Xiaomi mira independência do Google

A Xiaomi confirmou que está se preparando para reduzir significativamente sua dependência do Android e dos serviços do Google, preparando um futuro marcado pelo lançamento de seu próprio chipset e um sistema operacional próprio chamado HyperOS. Essa estratégia aponta para uma ambição clara de criar um ecossistema independente, envolvendo hardware e software desenvolvidos internamente, o que pode mudar o cenário da indústria de smartphones nos próximos anos.

Até o final de 2025, a Xiaomi lançará seu primeiro chipset próprio, o Xring 01, acompanhado de seus novos modelos de smartphone, como o Xiaomi 15s Pro. Essa iniciativa demonstra a intenção da empresa de abandonar gradualmente os processadores da Qualcomm e MediaTek, parceiros tradicionais até agora. A criação do HyperOS segue um caminho similar ao que a Huawei já fez com o HarmonyOS, sistema inicialmente baseado no Android de código aberto, mas que evolui para um sistema com menos dependência dos serviços da Google. O HyperOS 3, que será lançado globalmente em etapas a partir de outubro de 2025, terá versões que operam sem os serviços do Google, o que representa um movimento estratégico para driblar possíveis restrições internacionais devido a tensões políticas e comerciais entre China e Estados Unidos.

Esse cenário é impulsionado pelo contexto geopolítico, especialmente pelas sanções aplicadas contra a Huawei, que forçaram a empresa a inovar para sobreviver fora do ecossistema Google. A Xiaomi, portanto, está aprendendo com essas experiências e, em parceria com outras fabricantes chinesas, como a BBK (controladora da Oppo, Vivo e OnePlus), tenta criar um padrão alternativo para o mercado global. A ideia é oferecer aos usuários um sistema capaz de funcionar de forma autônoma, sem depender dos Google Mobile Services (GMS), embora isso represente um desafio enorme fora da China, já que a Google Play Store e seus aplicativos são fundamentais para milhões de consumidores.

A realidade é que smartphones sem acesso aos serviços do Google têm dificuldade de competir em mercados internacionais, pois muitas aplicações populares e serviços essenciais deixam de estar disponíveis. Ainda assim, a Xiaomi está apostando em sua própria loja de aplicativos e alternativas para as principais ferramentas usadas atualmente, buscando garantir a atratividade para os consumidores mesmo em um ambiente sem Google. Essa adaptação também recebeu suporte da legislação e do desenvolvimento tecnológico dentro da China, porém para o público internacional a transição será complexa.

Outro ponto importante é que, apesar da intenção de independência, a Xiaomi provavelmente continuará usando o Android base — o AOSP (Android Open Source Project) — mas sem os complementos do Google, em uma abordagem parecida com a da Huawei antes de seu HarmonyOS ser totalmente desvinculado do Android. Essa estratégia equilibra inovação com manutenção da compatibilidade que usuários esperam.

Além do aspecto do sistema operacional e hardware, a Xiaomi também está no centro de debates sobre a durabilidade e suporte de seus dispositivos. Recentemente, a empresa anunciou o fim das atualizações de segurança para vários modelos populares de suas linhas POCO, Redmi e Xiaomi, o que reforça a importância de entender os ciclos de vida dos aparelhos na hora de adquirir um smartphone.

Em resumo, a Xiaomi busca hoje consolidar um ecossistema próprio, que envolve criação de chipset e o desenvolvimento do HyperOS, projetando-se para um futuro onde possa operar independentemente da Google e suas restrições políticas e comerciais. Este movimento espelha tendências mais amplas da indústria chinesa de tecnologia, que busca autonomia e resiliência em meio a desafios geopolíticos. Contudo, o impacto dessa transição no mercado global e na experiência do usuário ainda será acompanhado de perto, dada a complexidade de substituir um ecossistema tão consolidado quanto o da Google.

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