Há exatos 70 anos, John Wayne enfrentou uma situação inusitada durante as filmagens de “O Homem que Matou o Facínora” (1952), um dos filmes mais celebrados do gênero western. O astro, já consagrado como o rosto do faroeste americano, foi praticamente chantageado para aceitar o papel principal. O diretor John Ford, conhecido por sua personalidade forte e exigente, ameaçou parar a produção caso Wayne não assumisse o protagonista. A frase que marcou o momento foi: “Ou você estrela ou eu vou embora”.
O filme, que viria a se tornar um marco do cinema, foi escrito por Frank S. Nugent e baseado no conto homônimo de Ernest Haycox. Wayne interpretou Dunson, um homem determinado a construir seu império no Oeste, enfrentando desafios e conflitos que moldaram sua trajetória. O longa foi aclamado pela crítica e pelo público, sendo considerado um dos melhores westerns da história.
Além do impacto artístico, “O Homem que Matou o Facínora” trouxe à tona discussões sobre a representação do herói americano no cinema. Wayne, com sua presença marcante e estilo único, consolidou-se como o arquétipo do caubói destemido, influenciando gerações de atores e cineastas. O filme também destacou a parceria entre Wayne e Ford, que produziu outros clássicos como “No Tempo das Diligências” e “O Homem Tranquilo”.
Curiosamente, Wayne não era o primeiro nome escolhido para o papel. O diretor considerou outros atores, mas insistiu em Wayne, acreditando que ele era o único capaz de transmitir a força e a complexidade do personagem. A decisão se mostrou acertada, pois o filme arrecadou mais de 10 milhões de dólares nos Estados Unidos, um valor expressivo para a época.
Hoje, “O Homem que Matou o Facínora” continua sendo exibido em festivais e retrospectivas, lembrando a importância de John Wayne e John Ford na história do cinema. O legado do filme transcende as telas, inspirando novas gerações de cineastas e fãs do gênero western.
