Alan Weslley Games Noticias Mercado Meta suspenderá anúncios políticos na União Europeia em 2025

Meta suspenderá anúncios políticos na União Europeia em 2025

Meta suspenderá anúncios políticos na União Europeia em 2025

Meta suspenderá anúncios políticos na União Europeia em 2025

A Meta anunciou que a partir de outubro de 2025 suspenderá todos os anúncios políticos, eleitorais e relacionados a temas sociais em suas plataformas na União Europeia, incluindo Facebook, Instagram e WhatsApp. Essa decisão é uma resposta direta à nova legislação europeia conhecida como Regulamento de Transparência e Direcionamento da Publicidade Política (TTPA), que entrou em vigor parcialmente em abril de 2024 e será plenamente exigida em outubro deste ano. A Meta alega que as exigências desse regulamento criam uma complexidade operacional e uma insegurança jurídica insustentáveis para anunciantes e plataformas, tornando inviável a comercialização desse tipo de publicidade na região[1][2][3][4][5].

O TTPA foi implementado pela União Europeia para aumentar a transparência da publicidade política, combatendo desinformação, interferências externas e manipulação eleitoral. Entre suas regras, a legislação exige que anúncios políticos sejam claramente identificados, que os financiadores sejam explicitados, que o montante investido e as técnicas de segmentação usadas sejam revelados. Também proíbe o uso de dados sensíveis como etnia, religião, orientação sexual e informações de menores para fins publicitários. Essas medidas são parte do esforço maior da UE para preservar a integridade dos processos democráticos e reduzir o impacto negativo da desinformação online, especialmente após casos emblemáticos como o escândalo Cambridge Analytica, que envolveu uso indevido de dados para influenciar eleições[1][4].

A Meta ressaltou que essa mudança não impede o debate político orgânico — ou seja, políticos, candidatos e cidadãos continuarão podendo criar e compartilhar conteúdos políticos normalmente, mas não haverá a amplificação dessas mensagens por meio de anúncios pagos dentro da UE. A empresa também alertou que, devido à ausência desses anúncios segmentados, os usuários poderão passar a receber conteúdos menos relevantes para seus interesses na plataforma[1][2][3].

A decisão repercute num cenário global de crescente regulação das tecnologias digitais e das redes sociais, que enfrentam pressões para controlar a propaganda política paga e proteger a privacidade dos usuários. A União Europeia tem liderado esse movimento com a aprovação da Lei dos Serviços Digitais (DSA) e o TTPA, que estabelecem padrões rigorosos para o setor. Já nos Estados Unidos, a mesma legislação europeia foi criticada por alguns congressistas, que a consideram uma forma de censura externa. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, chegou a denunciar a legislação da UE como excessivamente restritiva e classificou as multas europeias como tarifas[5].

Essa suspensão dos anúncios políticos na União Europeia destaca o desafio das plataformas digitais em conciliar liberdade de expressão, transparência e controle da desinformação num ambiente regulatório cada vez mais complexo. Para os usuários e anunciantes, esse movimento poderá alterar significativamente a forma como as campanhas políticas são feitas online no continente europeu a partir do segundo semestre de 2025.

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