Em um recente debate sobre o futuro do Xbox na indústria dos games, o fundador da Arkane Studios, Harvey Smith, trouxe à tona uma questão crucial que muitos preferem evitar: por que ninguém fala sobre o elefante na sala após as demissões da Xbox? O termo “elefante na sala” se refere justamente a um assunto delicado, conhecido por todos, mas que permanece fora das discussões oficiais. No caso, ele aponta para os desafios e incertezas em torno do modelo de negócios da Xbox, especialmente após uma série de demissões que impactaram estúdios e profissionais do setor.
A constatação de Smith não é isolada: muitos especialistas e desenvolvedores vêm sinalizando problemas estruturais, como a sustentabilidade do Xbox Game Pass, que, embora seja um sucesso de público, enfrenta questionamentos sobre sua viabilidade financeira a longo prazo. Recentemente, o criador da Arkane Studios também mencionou essa preocupação, ressaltando que há pouca margem para discussão aberta sobre o modelo de assinatura e suas consequências para desenvolvedores e jogos de grande orçamento[2].
Além disso, o contexto das demissões amplifica a sensação de insegurança no setor. Apesar de a Xbox continuar lançando sucessos e expandindo seu catálogo, há uma preocupação crescente com a saúde dos estúdios que desenvolvem para a plataforma e com o compromisso da empresa com projetos arrojados e inovadores. O silêncio em torno desses temas pode ser visto como uma tentativa de não abalar ainda mais a confiança dos fãs e parceiros, mas, ao mesmo tempo, sinaliza que questões importantes continuam sem resposta.
O debate sobre o elefante na sala vai além do Xbox e engloba a indústria de games como um todo. Os modelos de negócios baseados em assinaturas, embora inovadores, trazem desafios que merecem ser discutidos de forma transparente, como a valorização do trabalho dos desenvolvedores, a qualidade dos lançamentos e a garantia de diversidade criativa. Como aponta a autora Neus Arqués, é fundamental reconhecer esses temas difíceis, pois ignorá-los pode levar a impactos negativos não previstos para toda a cadeia produtiva[5].
Ao trazer esse debate às redes sociais, é importante incentivar a crítica construtiva e a reflexão sobre o futuro dos games. Afinal, reconhecer o elefante na sala é o primeiro passo para buscar soluções e garantir que a indústria continue evoluindo de forma justa e sustentável para todos os envolvidos[2][5].
