O Segredo por Trás de Ocarina of Time: A Visão de Miyamoto na Criação do Clássico

O Segredo por Trás de Ocarina of Time: A Visão de Miyamoto na Criação do Clássico
O Segredo por Trás de Ocarina of Time: A Visão de Miyamoto na Criação do Clássico

NOVIDADE 🤩📲 SIGA NOSSO CANAL NO WHATSAPP: https://alanweslley.com.br/6yrc

The Legend of Zelda: Ocarina of Time é um dos jogos mais icônicos e influentes da história dos videogames, e grande parte desse sucesso se deve à visão e dedicação de Shigeru Miyamoto, criador da série. Durante o desenvolvimento do jogo para Nintendo 64, Miyamoto revelou diversos detalhes e curiosidades que aprofundam o entendimento sobre como essa obra-prima foi criada.

Ocarina of Time foi desenvolvido ao longo de três anos, um período em que a equipe enfrentou muitos desafios técnicos e narrativos. Miyamoto atuou mais como um produtor que coordenava as diferentes equipes, garantindo que cada parte do projeto fosse integrada de forma coesa, ao invés de impor uma visão única e rígida. Seu objetivo era criar um mundo realista e vivo, algo que ele chama de “jardim em caixa” — uma Hyrule tão rica em detalhes que os jogadores sentissem como se estivessem realmente explorando um lugar real, lembrando a sensação de visitar um parque temático várias vezes e memorizar seu mapa[3][2].

Uma das decisões mais marcantes foi incluir Link em duas fases da vida, jovem e adulto, o que não só expandiu as possibilidades de gameplay, como também aprofundou a narrativa do jogo. Miyamoto acreditava que era importante que Link encontrasse seu arqui-inimigo, Ganon, pela primeira vez quando criança, criando uma conexão emocional que se refletia na luta final. Essa escolha também ajudou a desenvolver personagens secundários ricos e memoráveis, como Saria, Malon e o sábio Kaepora Gaebora, que funcionam como mentores e companheiros na jornada de Link[5].

Outro destaque é o papel central da música. Diferente dos jogos anteriores da franquia, em Ocarina of Time, a música não é apenas um elemento atmosférico, mas sim uma parte fundamental da jogabilidade. A ocarina serve como uma ferramenta mágica capaz de ativar eventos e resolver puzzles, integrando som, mitologia e interação de forma inédita. O compositor Koji Kondo foi essencial para criar um ambiente sonoro que refletisse a natureza viva de Hyrule, com sons de oceanos, rios e florestas que enriquecem a experiência[4].

Curiosamente, Miyamoto também comentou que o desenvolvimento do jogo teve influência do filme Princesa Mononoke, do Studio Ghibli. Ambos estavam em produção ao mesmo tempo e apresentaram semelhanças marcantes em cenas e ambientações, como a ligação entre Link e Epona ou a presença de criaturas gigantescas. Para diferenciar a obra, a equipe se esforçou para tornar Hyrule ainda mais diversa e vibrante, criando um universo único apesar dessas inspirações externas[2].

Miyamoto sempre enfatizou que a narrativa em Ocarina of Time não precisava ser complexa ou linear, mas sim que a experiência do jogador é que constrói a história. Ele comparou o sentimento de completar o jogo ao de terminar um bom livro, onde o “depois” é tão importante quanto a aventura em si. O foco estava em apresentar personagens que funcionassem para destacar Link, criando relações que enriquecem o gameplay sem sobrecarregar com uma trama excessivamente detalhada[6][7].

Além disso, o jogo passou por mudanças até as etapas finais do desenvolvimento. Por exemplo, Miyamoto decidiu dobrar o número de músicas da ocarina para ampliar a interatividade, o que inicialmente causou confusão na equipe, mas acabou sendo uma decisão que melhorou significativamente o jogo[1].

Em suma, Ocarina of Time é fruto da combinação da genialidade de Miyamoto com uma equipe dedicada e inovadora, que soube integrar narrativa, música, design de mundo e gameplay em uma experiência inesquecível. Seu impacto transcende gerações, influenciando diversos títulos posteriores e consolidando a série Zelda como um marco no universo dos games.