A terceira temporada de One-Punch Man vem recebendo críticas severas desde sua estreia, principalmente devido a uma queda significativa na qualidade da animação em comparação com as temporadas anteriores. A principal insatisfação do público está relacionada à troca do estúdio Madhouse pelo J.C. Staff, que gerou cenas com movimentos rígidos, enquadramentos estranhos e falta de fluidez, o que foi amplamente comentado nas redes sociais. Um exemplo notório é a sequência em que o personagem Garou desliza por uma colina de forma pouco natural, lembrando uma apresentação de slides, evidenciando a baixa qualidade visual. O episódio 6, em particular, foi tão mal recebido que alcançou a baixa nota de 1,7/10 no IMDb, figurando entre os piores episódios avaliados na plataforma[1].
Apesar do estúdio J.C. Staff ser o foco das críticas, profissionais renomados da indústria, como o animador Vincent Chansard, destacaram que o problema é mais profundo e estrutural. Ele apontou que os comitês de produção, que controlam grande parte do processo de criação nos animes, contribuem para a sobrecarga das equipes, limitam a criatividade e afetam negativamente a qualidade final. Essa situação reflete uma crise no modelo industrial que pode comprometer outras franquias importantes no futuro[1].
Em defesa da equipe responsável pela terceira temporada, um animador veterano da indústria saiu publicamente para rebater as críticas, ressaltando que a produção enfrenta desafios complexos, como prazos apertados e limitações financeiras, que nem sempre são visíveis ao público geral. Essa defesa busca contextualizar os problemas apresentados, evitando que a culpa recaia apenas sobre o estúdio e os animadores[2].
O caso de One-Punch Man temporada 3 serve, assim, como um alerta para a comunidade e indústria do anime, enquanto destaca a importância de revisar os processos de produção para garantir a qualidade e saúde dos profissionais envolvidos. Fãs e especialistas concordam que mudanças estruturais são urgentes para evitar que franquias tão queridas sofram com colapsos similares[1].
Para quem acompanha o mercado de anime, essa polêmica também levanta a discussão sobre a sustentabilidade dos métodos atuais de produção no Japão, e pode estimular o debate sobre melhores práticas, financiamento e valorização dos profissionais, essenciais para manter a excelência das obras.
Este cenário reforça que, apesar das críticas contundentes, a indústria tem nuances importantes que merecem compreensão ampla, para que fãs e criadores possam, juntos, buscar um futuro melhor para os animes que tanto amam.
