Alan Weslley Games Noticias Entretenimento Pluribus: Gilligan explora felicidade como vírus em nova série Apple TV+

Pluribus: Gilligan explora felicidade como vírus em nova série Apple TV+

Pluribus: Gilligan explora felicidade como vírus em nova série Apple TV+

Pluribus: Gilligan explora felicidade como vírus em nova série Apple TV+

Vince Gilligan, o gênio criativo por trás de Breaking Bad e Better Call Saul, está de volta com uma nova aposta: Pluribus, série de ficção científica original do Apple TV+ que promete misturar suspense, humor ácido e reflexão social em uma narrativa única. Esta é a primeira vez, em quase duas décadas, que Gilligan se aventura fora do universo de Walter White, explorando um tema inédito em sua carreira: e se a felicidade se tornasse literalmente um vírus, e a última pessoa infeliz do mundo precisasse salvar a humanidade de si mesma?[1][2][4]

O elenco principal traz Rhea Seehorn, premiada pelo papel em Better Call Saul, como protagonista. A história se passa em Albuquerque, palco já conhecido de seus sucessos anteriores, mas desta vez o cenário não tem nada de crime ou metanfetamina. O fio condutor é uma premissa científica e existencial: um vírus transforma toda a humanidade em seres otimistas e satisfeitos — com exceção da protagonista, que permanece amarga, cética e, de certa forma, muito humana[2][4][6]. Resta a ela solucionar o mistério por trás desse contágio global de felicidade, num mundo onde alegria pode nunca ter sido tão ameaçadora.

Pluribus já nasce com o selo de grande aposta da Apple TV+: duas temporadas já foram encomendadas antes mesmo da estreia oficial, marcada para 7 de novembro de 2025, com os dois primeiros episódios, seguidos de novos capítulos toda sexta até 26 de dezembro[1]. Além de Rhea Seehorn, o elenco inclui nomes como Karolina Wydra, Carlos Manuel Vesga, Miriam Shor e Samba Schutte, prometendo interpretações memoráveis à altura do roteiro ambicioso[1].

O hype em torno da série é tão grande que até o tom misterioso da campanha de divulgação foi objeto de análise. Em vez de explicitar o enredo, os teasers instigam a curiosidade do público, deixando pistas visuais que geram mais perguntas do que respostas — uma estratégia inteligente do marketing digital, que aproveita o fascínio pelo desconhecido para fazer o público procurar a série[3]. A ausência de respostas claras também destaca a confiança no talento de Gilligan, que já mostrou, em Breaking Bad e Better Call Saul, que sabe prender o público com tramas surpreendentes, personagens complexos e roteiros extremamente precisos[1][4][6].

Diferente de outras criações do showrunner, Pluribus representa uma mudança de gênero e de mensagem. Enquanto Breaking Bad e Better Call Saul exploravam a ascensão de anti-heróis em meio ao crime organizado, a nova série foca numa heroína danificada — alguém que tenta, apesar de todas as adversidades, fazer o bem. O próprio Gilligan afirmou que, depois de anos tornando bandidos aspiracionais, sentiu vontade de explorar histórias onde o protagonismo está do lado da luz, mesmo que essa luz seja fraca em meio a um mundo dominado por contentamento artificial[6]. O desafio agora é construir suspense e tensão em um cenário distópico onde, ironicamente, a última ameaça à humanidade talvez seja a própria felicidade.

Para além do conceito inédito, Pluribus pode marcar um novo padrão de qualidade para a plataforma Apple TV+, que vem acumulando prêmios e reconhecimentos nos últimos anos, inclusive com Ted Lasso e CODA, vencedor do Oscar[1]. A série é produzida pela Sony Pictures Television, com equipe de primeira linha, incluindo roteiristas premiados como Gordon Smith e Alison Tatlock, mais a colaboração de Diane Mercer, Allyce Ozarski e Jeff Frost[1].

Seja por conta do mote, da equipe envolvida ou do mistério proposital em torno do enredo, Pluribus chega como um dos lançamentos mais aguardados da temporada. Fica a expectativa para ver como Gilligan vai reinventar (mais uma vez) o modo como assistimos e pensamos sobre séries de drama — desta vez, num mundo onde a vulnerabilidade e o senso crítico podem ser as únicas vacinas contra o excesso de felicidade. Estava na hora de alguém lembrar que, mesmo em plena era dos finais felizes de roteiro, o desconforto e a dúvida continuam indispensáveis à boa ficção científica.

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