Pokémon Shock: O Episódio que Hospitalizou Crianças e Mudou a TV para Sempre

Pokémon Shock: O Episódio que Hospitalizou Crianças e Mudou a TV para Sempre
Pokémon Shock: O Episódio que Hospitalizou Crianças e Mudou a TV para Sempre

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Em 16 de dezembro de 1997, um episódio da primeira temporada do anime Pokémon, intitulado “Dennō Senshi Porygon” ou “Soldado Elétrico Porygon”, causou uma verdadeira crise de saúde pública no Japão, conhecida como “Pokémon Shock”. Durante a exibição, uma cena em que Pikachu usa um ataque de trovão gerou flashes intensos de luzes vermelhas e azuis piscando rapidamente, o que provocou reações adversas em centenas de crianças que assistiam ao programa[2][3][6].

Mais de 600 crianças foram hospitalizadas com sintomas variados, incluindo convulsões, ataques epilépticos, náuseas, tonturas e até perda de consciência. Muitos espectadores relataram que “tudo ficou branco” ou que não lembravam do que aconteceu durante o episódio, o que apontou para episódios de convulsão fotossensível induzida pelos flashes[1][2][3][6]. O incidente tomou proporções tão grandes que se tornou manchete mundial e forçou a suspensão da série por cerca de quatro meses, enquanto novas normas de transmissão eram desenvolvidas para evitar que tais episódios voltassem a ocorrer[2][4].

Este episódio nunca mais foi reexibido, nem mesmo em outros países, tornando-se um dos casos mais famosos de efeitos negativos da mídia sobre a saúde pública relacionados ao anime. Foi o primeiro caso documentado de um programa televisivo provocar reações físicas massivas em seu público dessa forma, especialmente entre crianças, grupo mais suscetível a crises epilépticas fotosensíveis[3][5].

Explicações posteriores mostraram que fatores como o tamanho das TVs nas residências japonesas da época, o ambiente pequeno e a proximidade das crianças com a tela contribuíram para aumentar o impacto dos flashes. O paradoxo do uso visual criado para um efeito dramático acabou causando mais mal do que efeito estético. Após o episódio, foram adotadas regras estritas sobre o uso de luzes piscantes e efeitos visuais em animações para prevenir novas crises[3][4].

Apesar do choque e do impacto no Japão, o incidente não prejudicou permanentemente a popularidade global da franquia Pokémon, que continuou a crescer exponencialmente após seu lançamento nos Estados Unidos e Europa. No entanto, a questão serviu como uma alerta crucial para a indústria do entretenimento sobre os efeitos potenciais da mídia visual na saúde do público, especialmente entre crianças e pessoas com epilepsia fotossensível[4][6].

Esse episódio é lembrado como um marco que mudou os padrões de produção e transmissão televisiva, reforçando a necessidade de cuidados redobrados com a saúde do espectador frente ao uso de luminosidade e desenhos animados. O caso “Pokémon Shock” mantém-se um exemplo emblemático dos riscos não intencionais da tecnologia e da arte na televisão voltada ao público infantil.