Ryan Reynolds finalmente assumiu ser o responsável pelo vazamento do teste de filmagem de Deadpool em 2014, um evento que impulsionou a produção do filme. Na época, o estúdio rejeitou a ideia do longa, considerando Deadpool um personagem pouco conhecido e arriscado. No entanto, Reynolds, que era apaixonado pelo personagem, decidiu vazar o vídeo na internet, mesmo sabendo que poderia enfrentar consequências legais. Esse vazamento gerou enorme repercussão positiva entre os fãs e forçou o estúdio a aprovar o projeto pouco tempo depois. Deadpool estreou em 2016 e foi um sucesso estrondoso, arrecadando mais de 780 milhões de dólares mundialmente, quebrando recordes para filmes com classificação R. Reynolds destacou que, apesar de ter feito “a coisa errada”, o risco valeu a pena, já que o filme acabou mudando a percepção das produções de super-heróis ao trazer um tom irreverente e metalinguístico.
O sucesso de Deadpool se deve também ao seu caráter inovador. Diferente dos tradicionais filmes de super-heróis, o longa adotou uma abordagem meta, com o personagem consciente de que estava em um filme de quadrinhos, algo que agradou muito o público por fugir do padrão convencional. Além disso, a produção com baixo orçamento e classificação para adultos mostrou que histórias com conteúdo mais ousado podem ser comercialmente viáveis. A sequência, lançada em 2018, teve ainda mais êxito financeiro.
Esse caso exemplifica como decisões fora do comum e a paixão de atores podem influenciar positivamente a indústria do entretenimento. Ryan Reynolds não só contribuiu para o desenvolvimento do filme, como também para uma nova tendência na cultura pop, com filmes que misturam humor ácido, violência e crítica social dentro do gênero de super-heróis. A trajetória de Deadpool até sua realização destaca também os desafios enfrentados por personagens menos conhecidos, que dependem muitas vezes do apoio dos fãs e da persistência de seus idealizadores para ganhar espaço em Hollywood.