A nova Steam Machine, anunciada pela Valve para chegar no primeiro trimestre de 2026, promete ser um divisor de águas para o gaming em casa. Com hardware potente, formato compacto e foco total na experiência de jogar PC em TV, o dispositivo traz consigo uma grande expectativa — mas também um desafio crucial: os sistemas anti-cheat.
A Steam Machine será equipada com um processador AMD Zen de 6 núcleos e 12 threads, 16GB de RAM DDR5, 8GB de VRAM GDDR6 e opções de armazenamento de 512GB ou 2TB em NVMe SSD. O preço ainda não foi confirmado oficialmente, mas análises apontam para uma faixa entre US$ 550 e US$ 700, podendo chegar até US$ 900 dependendo da situação do mercado de componentes. Diferente dos consoles tradicionais, a Valve não pretende subsidiar o preço, o que significa que o valor será mais próximo do que se paga por um PC de mesma potência.
No entanto, o maior obstáculo para a adoção em massa da Steam Machine está nos sistemas anti-cheat. Muitos jogos online, especialmente títulos competitivos, ainda não funcionam corretamente em ambientes Linux, que é o sistema operacional da Steam Machine. Apesar dos avanços recentes com o Proton e o Steam Linux Runtime 4.0, que melhoraram a compatibilidade de jogos e anti-cheats, ainda há títulos importantes que não rodam ou que apresentam problemas de detecção de trapaça.
A Valve já trabalha em parceria com desenvolvedores para resolver essas questões, mas o cenário atual mostra que a adoção de anti-cheats compatíveis com Linux ainda é limitada. Isso pode afetar diretamente a experiência de quem busca jogar multiplayer online na nova plataforma, especialmente em jogos como Battlefield V, que ainda enfrentam problemas com o EA Javelin Anti-Cheat.
Para quem pensa em migrar para a Steam Machine, é importante considerar que, embora o hardware seja promissor e o preço competitivo, a compatibilidade com jogos online ainda é um ponto de atenção. A Valve está fazendo um esforço contínuo para melhorar essa situação, mas o caminho ainda é longo. A expectativa é que, até o lançamento oficial, mais títulos tenham seus anti-cheats adaptados, garantindo uma experiência mais completa para os jogadores.
A Steam Machine pode ser o futuro do gaming em casa, mas o sucesso depende não só do hardware, mas também da evolução do ecossistema de compatibilidade com anti-cheats no Linux.