Ubisoft cancela Assassin’s Creed com ex-escravo contra KKK nos EUA

Ubisoft cancela Assassin's Creed com ex-escravo contra KKK nos EUA
Ubisoft cancela Assassin’s Creed com ex-escravo contra KKK nos EUA

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A Ubisoft cancelou um projeto ambicioso de Assassin’s Creed que colocaria os jogadores na pele de um ex-escravo negro no período pós-Guerra Civil americana, durante a chamada era da Reconstrução, para enfrentar o surgimento do Ku Klux Klan. O jogo, conhecido pelo codinome “Project Scarlet”, estava em desenvolvimento inicial pelo estúdio Ubisoft Québec, responsável por títulos importantes da franquia, e teria uma narrativa focada na luta contra a crescente ameaça dos Templários, que estariam manipulando o KKK para seus próprios interesses. A trama buscava abordar temas profundos como racismo, resistência e liberdade em um período histórico marcado por tensões sociais intensas e violência racial, algo inédito e muito relevante para a série[4][8][12].

Apesar da empolgação dentro da Ubisoft pelo potencial da temática, o projeto foi cancelado em julho de 2024, principalmente devido ao receio da alta instabilidade política dos Estados Unidos e medo de controvérsia social e política. Fontes internas revelam que questões como a polarização da base de fãs em relação à inclusão de personagens negros na franquia — evidenciada pela divisão causada pelo personagem Yasuke em Assassin’s Creed Shadows — influenciaram a decisão dos executivos em Paris. A Ubisoft tem demostrado cautela ao lidar com conteúdos que podem gerar debates ásperos, o que se refletiu também no adiamento e reestruturação de Assassin’s Creed Shadows, que lançou Yasuke, um samurai negro, como protagonista[4][12].

Esse cancelamento se destaca dentro da trajetória da franquia, que já explorou diversos períodos históricos complexos como a Revolução Francesa e o Renascimento italiano, e até mesmo linhas temporais dos Estados Unidos, como em Assassin’s Creed III, cujo protagonista é meio indígena durante a Guerra Civil americana. No entanto, este foi o primeiro projeto a abordar tão diretamente a escravidão e sua legacy no contexto da pós-Reconstrução, com um enfoque político que considerou-se arriscado demais para um grande orçamento e para o mercado global[4][8].

Enquanto isso, Assassin’s Creed Shadows, que será lançado em fevereiro de 2025 após adiamentos para aprimorar a qualidade e polimento, apresenta uma ambientação no Japão feudal e mantém a promessa de experiências inovadoras com protagonistas distintos, mas tem tido mudanças no modelo comercial como o cancelamento do passe de temporada e a inclusão do jogo na Steam desde o lançamento, possivelmente reflexo do aprendizado com lançamentos recentes e da busca por evitar mais polêmicas[3][7][13].

Este contexto evidencia a dificuldade das grandes produtoras de equilibrar abordagens históricas sensíveis com a expectativa de um público heterogêneo e a pressão do mercado, mostrando que, apesar do potencial narrativo dos jogos, questões socio-políticas podem impactar diretamente decisões estratégicas nas produções culturais e de entretenimento.