Alan Weslley Games Noticias tech, Mobile, Notícias, Tech, Google, Xiaomi, mobile Xiaomi acelera independência do Google com HyperOS e chipset.

Xiaomi acelera independência do Google com HyperOS e chipset.

Xiaomi acelera independência do Google com HyperOS e chipset.

Xiaomi acelera independência do Google com HyperOS e chipset.

A Xiaomi tem vivido um processo estratégico que a distancia progressivamente do ecossistema do Google e do Android tradicional, adotando um novo caminho que pode transformar o mercado de smartphones. Essa mudança está evidenciada principalmente pelo lançamento do HyperOS, seu sistema operacional próprio, e pelo desenvolvimento de um chipset totalmente criado pela própria Xiaomi, o Xring 01, previsto para ser lançado ainda este ano em conjunto com o Xiaomi 15s Pro. Esta iniciativa demonstra que a empresa quer consolidar um ecossistema autossuficiente, independente do Android do Google, bem como de fornecedores como Qualcomm e MediaTek.

O HyperOS é a base dessa transição, oferecendo recursos que vão além do antigo MIUI. Trata-se de um sistema mais leve, rápido, com maior integração de inteligência artificial e melhor economia de bateria, projetado para funcionar sem os serviços do Google em versões específicas, sobretudo para o mercado chinês ou em cenários onde a parceria com o Google possa ser limitada por questões políticas e comerciais. Essa estratégia segue um caminho parecido com o da Huawei, que criou o HarmonyOS para superar as restrições impostas pelas sanções americanas. O HyperOS pode, assim, ocorrer em versões que não tenham acesso à Google Play Store e outros serviços proprietários, o que pode comprometer, de certa forma, a oferta de aplicativos para o usuário, ao menos no curto prazo.

Para o mercado internacional, inclusive o Brasil, a Xiaomi pretende lançar o HyperOS 3, que será baseado no Android 16, garantindo compatibilidade e atualização para uma lista crescente de aparelhos, como o Xiaomi 15 Ultra, Redmi K80 Pro e POCO F7 Pro. A atualização deve começar já em outubro de 2025, com a lista global de dispositivos aptos sendo divulgada logo após setembro. A diferença de datas entre o lançamento na China e o resto do mundo acontece para permitir adequações regionais, incluindo idiomas, certificações locais e a integração com serviços do Google em países onde o acesso é livre.

Essa transição da Xiaomi reflete a busca por maior independência tecnológica, motivada pelo aumento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos e pelo temor de potenciais sanções que possam restringir o uso do Android com os serviços do Google, como aconteceu com a Huawei. Além disso, ao criar seu próprio chip e sistema operacional, a Xiaomi visa maior controle sobre inovação, performance e redução de dependência externa.

Entretanto, para os consumidores, essa mudança traz algumas questões importantes: dispositivos sem os serviços Google perdem o acesso nativo ao Google Play Store, obrigando o uso de alternativas para obter apps, o que pode impactar diretamente a experiência do usuário no curto prazo. Por isso, a Xiaomi mantém versões de seu sistema que ainda acompanham o Google, visando o mercado global, ao mesmo tempo em que prepara versões sem Google para mercados onde isso seja obrigatório.

Além do aspecto técnico, a Xiaomi segue investindo no equilíbrio entre custo e desempenho, mantendo o DNA da marca: dispositivos com câmeras avançadas, baterias duradouras e carregamento rápido, a preços competitivos, especialmente nos modelos das linhas Premium e intermediárias. No Brasil, lojas como a MiPlace Store garantem suporte local, garantia e facilidades de compra, refletindo o compromisso da empresa com a expansão global mesmo diante dessas transformações no seu sistema operacional.

Em resumo, a Xiaomi está em um momento decisivo, migrando de um modelo dependente do Android e Google para um caminho mais autônomo com o HyperOS e seu próprio chipset. Os usuários podem esperar melhorias em integração e performance, ao mesmo tempo que devem estar atentos às diferenças no acesso a serviços e aplicativos, conforme avanço dessa nova fase que pode redefinir a experiência dos smartphones Xiaomi nos próximos anos.

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