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Por muito tempo, a Xiaomi se destacou por oferecer smartphones rodando o sistema Android com os serviços da Google, o que facilitava o uso dos apps e serviços mais populares mundialmente. Isso acontecia porque, apesar de usar uma versão customizada do Android, a MIUI, a interface própria da Xiaomi, ela mantinha a integração com a Google Mobile Services (GMS), incluindo a Play Store, Gmail, Maps e outros recursos essenciais para a experiência do usuário[4].
No entanto, o cenário começou a mudar diante das crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, que trouxeram à tona o risco de sanções semelhantes às que foram impostas à Huawei a partir de 2019. Naquela época, a Huawei foi proibida de acessar os serviços da Google, o que a forçou a criar seu próprio sistema operacional, o HarmonyOS, junto com o Huawei Mobile Services (HMS) e a loja AppGallery como alternativas ao ecossistema Google[1][4].
Seguindo esse movimento, a Xiaomi e outras fabricantes chinesas como Oppo, Vivo e OnePlus começaram a explorar o desenvolvimento de versões do Android que não dependam mais dos serviços da Google. Um projeto importante nesse sentido é o HyperOS 3 da Xiaomi, que pode funcionar como uma base para um sistema operacional próprio, ainda derivado do Android Open Source Project (AOSP), mas que reduz ou elimina a dependência dos serviços Google[1][4].
Ainda que a Xiaomi não deva abandonar completamente o Android, a empresa busca priorizar seus próprios serviços e criar um ecossistema mais independente, similar ao já estabelecido pela Huawei com o HarmonyOS NEXT. Espera-se que essa transição seja gradual e que a Xiaomi mantenha alguma compatibilidade com aplicativos Android convencionais para não perder a base de usuários[2][4].
Esse movimento estratégico reflete a busca por autonomia tecnológica diante do contexto geopolítico, mas também pode trazer benefícios para os consumidores, como maior diversidade de sistemas operacionais e menos dependência do monopólio da Google no mercado global. Por outro lado, ainda existem desafios, como garantir uma ampla oferta de aplicativos e a qualidade da experiência do usuário sem a integração plena com os serviços Google[1][2].
A Xiaomi continua a ser uma das marcas mais competitivas e populares no mercado mundial, oferecendo smartphones com excelente custo-benefício, desempenho competitivo e um ecossistema integrado com outros dispositivos inteligentes, como smartwatches e acessórios conectados. A evolução do HyperOS e a diminuição do vínculo com a Google poderão ampliar ainda mais essa proposta, tornando a marca uma alternativa relevante no cenário tecnológico global[3][4].
Portanto, a facilidade que os smartphones Xiaomi sempre tiveram para “fugir” do Google estava ligada à adaptação do Android AOSP e à capacidade da empresa de personalizar seu sistema, além de responder rapidamente às mudanças do mercado. Agora, com esforços mais consolidados para independência dos serviços Google, a Xiaomi pode inaugurar uma nova era nos sistemas móveis, em parceria com outras gigantes chinesas, promovendo um ecossistema robusto e menos restrito às políticas americanas[1][2][4].

