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A Xiaomi tem sido uma das principais fabricantes de smartphones que, por muito tempo, conseguiu oferecer uma experiência próxima do Google sem ser totalmente dependente dos seus serviços, especialmente no mercado chinês. Isso era possível porque a marca utilizava o sistema Android, mas carregado de personalizações e com uma menor integração obrigatória aos serviços do Google. Essa estratégia facilitava o uso dos dispositivos Xiaomi em mercados onde o Google tem acesso restrito ou onde a privacidade e o controle de dados são prioridades para os usuários. No entanto, atualmente, a Xiaomi está mudando essa abordagem, caminhando para um ecossistema mais independente do Google com o desenvolvimento do HyperOS 3, um sistema operacional que não depende totalmente do Android puro, e de aplicativos nativos que substituem os do Google, como o novo discador próprio, que oferece funcionalidades exclusivas e maior controle sobre os dados do usuário[3][5].
A transição da Xiaomi para uma menor dependência do Google é uma resposta estratégica a cenários globais diversos, como as sanções que atingiram a Huawei e a necessidade de um ecossistema próprio mais sustentável e seguro. A Huawei, por exemplo, foi proibida de usar os serviços do Google em seus dispositivos e desenvolveu o HarmonyOS, um sistema baseado no AOSP (Android Open Source Project), mas que utiliza seus próprios serviços móveis (HMS) e loja de aplicativos (AppGallery). Inspirada nisso, a Xiaomi trabalha para consolidar o HyperOS, que deve integrar melhor seus dispositivos, desde smartphones até smartwatches e outros aparelhos da linha Mi, promovendo uma experiência integrada sem a obrigatoriedade dos serviços Google[1][3].
O novo discador nativo do HyperOS 3, por exemplo, não é apenas uma substituição do app Google, mas um passo para garantir maior sinergia entre os serviços Xiaomi, como Mi Cloud e backups na nuvem da empresa. Esse discador deve oferecer recursos exclusivos, como gravação de chamadas com backup automático e criptografia, filtros de spam mais eficazes e identificação contextual de chamadas, além de garantir mais privacidade ao manter os dados localmente ou em servidores da própria Xiaomi, uma vantagem significativa para quem valoriza o controle sobre as informações pessoais[5].
Além disso, o movimento da Xiaomi não é um abandono completo do Android, mas sim uma evolução para limitar sua dependência dos serviços do Google e ampliar a própria identidade e autonomia como fabricante global. A marca busca competir diretamente com gigantes como Samsung e Apple, criando um ecossistema próprio que vai além dos celulares, incluindo dispositivos conectados como smartbands, aspiradores de pó robóticos e câmeras de segurança, todos integrados ao aplicativo Mi Home[2].
No mercado brasileiro, a Xiaomi conquistou muitos usuários pelo excelente custo-benefício, oferecendo modelos com boas câmeras, autonomia de bateria e design competitivo. Contudo, ainda há desafios, como a interface MIUI, que pode desagradar usuários acostumados a um Android mais puro, e o suporte de pós-venda, que está em desenvolvimento para alcançar a mesma qualidade das marcas tradicionais. Ademais, a adoção do eSIM pela Xiaomi em modelos premium é um avanço tecnológico importante para facilitar a conectividade, especialmente para quem viaja para o exterior[2][4].
Em resumo, a facilidade que a Xiaomi tinha por muito tempo em operar sem uma forte dependência do Google está se transformando em uma estratégia nova, mais sólida e focada na independência tecnológica e na criação de valor agregado para os usuários. Isso inclui o desenvolvimento de seu próprio sistema HyperOS, serviços nativos e aplicativos exclusivos, reforçando a privacidade, a personalização e a autonomia da marca no mercado global de smartphones e dispositivos conectados.

