O lançamento de Borderlands 4 trouxe grande expectativa para os fãs da série, especialmente com sua transição para o Unreal Engine 5, o que prometia uma experiência visual e técnica de última geração. No entanto, o jogo enfrentou críticas significativas, especialmente em relação ao desempenho na versão para PC. Muitos jogadores relataram quedas de FPS, travamentos e problemas de otimização, que acabaram afetando a avaliação do título nas plataformas digitais[5][7].
Randy Pitchford, CEO da Gearbox, respondeu com firmeza às críticas, afirmando que os problemas de desempenho atingem apenas uma minoria dos jogadores, com dados de suporte técnico indicando que menos de um décimo de um por cento dos usuários relataram problemas válidos de performance via atendimento ao cliente[2][5]. Segundo Pitchford, grande parte das queixas decorre de configurações inadequadas para o hardware usado pelos jogadores, ressaltando a importância de ajustar as opções gráficas conforme a capacidade do PC para obter uma experiência mais estável. Ele recomendou o uso de tecnologias como o DLSS da Nvidia, que ajuda a melhorar o desempenho sem comprometer a qualidade visual, além de mostrar paciência para a recompilação dos shaders que pode causar instabilidades temporárias[1][5].
A Gearbox disponibilizou um guia oficial de otimização para PCs com placas Nvidia, instruindo os usuários sobre como maximizar o desempenho por meio da configuração gráfica adequada[1]. Ainda assim, especialistas técnicos, como os da Digital Foundry, apontaram que problemas como o “stutter” (engasgos na animação e movimentação), característicos de jogos desenvolvidos no Unreal Engine 5, continuam presentes e afetam a fluidez, mesmo em máquinas de alta performance[7]. Essas dificuldades são, em parte, atribuídas à complexidade do motor gráfico Unreal Engine 5 e às decisões de desenvolvimento que priorizam o desempenho em máquinas mais potentes, deixando computadores intermediários em desvantagem[8].
Além do debate técnico, a postura pública de Pitchford nas redes sociais — que em alguns momentos foi interpretada como defensiva ou sarcástica — gerou controvérsia e divisão entre os jogadores. Enquanto alguns apóiam a visão dele sobre a necessidade de realismo nas expectativas de desempenho, outros criticam a falta de empatia e a demora em resolver as falhas relatadas[5][8].
Borderlands 4 representa um marco importante na franquia, que para expandir suas fronteiras utilizou o Unreal Engine 5, agregando recursos como World Partition para criar um mundo mais amplo e dinâmico, com ciclos de dia e noite e clima variado, proporcionando maior imersão e liberdade ao jogador[3]. O desafio da Gearbox agora é continuar a entregar atualizações que melhorem a experiência técnica e convencer a comunidade de que o título está à altura da expectativa para um jogo AAA.
Para jogadores que já tenham adquirido o game ou estejam considerando investir, o mais recomendado é:
– Ajustar as configurações gráficas pensando no equilíbrio entre qualidade visual e fluidez, priorizando o que for mais importante: FPS ou resolução.
– Utilizar tecnologias como DLSS para melhorar o desempenho em placas Nvidia.
– Ter paciência durante sessões iniciais para que os shaders recompilados se estabilizem, evitando conclusões precipitadas sobre a performance.
– Acompanhar atualizações e patches divulgados pela Gearbox que visam corrigir bugs e otimizar o jogo.
– Buscar suporte oficial caso enfrentem problemas específicos para receber orientação personalizada.
Borderlands 4 chegará também ao Nintendo Switch 2 em outubro, ampliando seu alcance a outros públicos, o que pode representar oportunidades ampliadas para a desenvolvedora investir em otimizações futuras e correções[5].
Em suma, Borderlands 4 é uma experiência ambiciosa e cheia de potencial, mas que exige um olhar criterioso sobre a relação entre hardware, configurações e expectativas do jogador, além de uma atenção contínua da desenvolvedora para aperfeiçoar a performance e garantir que o título entregue a diversão e qualidade que seus fãs esperam.