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O avanço da digitalização na China está redesenhando o futuro do dinheiro e da economia global, posicionando o país como um laboratório vivo para entender o fim do dinheiro tradicional. A China tem investido fortemente no desenvolvimento e expansão do iuan digital, uma moeda digital emitida pelo Banco Popular da China, que já ocupa posição pioneira no mundo das moedas digitais soberanas. Este avanço faz parte de uma estratégia mais ampla para construir uma economia digital robusta e reduzir a dependência do sistema monetário dominado pelo dólar americano.
O iuan digital, conhecido como e-CNY, está sendo promovido não só para uso doméstico, mas também com foco na internacionalização, criando um ambiente mais transparente, estável e previsível para participantes estrangeiros. A China estabeleceu um centro de operações internacionais para o e-CNY em Xangai, o que demonstra seu compromisso com um sistema monetário global multipolar, onde várias moedas têm papel relevante no comércio internacional. Essa movimentação visa aumentar a resiliência do sistema financeiro global e reduzir a influência de políticas tarifárias e econômicas de potências ocidentais, especialmente dos Estados Unidos[1].
Paralelamente, a China lançou um plano ambicioso para consolidar sua transformação digital até 2025, que inclui a integração da inteligência artificial (IA), modernização da infraestrutura, desenvolvimento da indústria de dados e capacitação de talentos digitais. A meta é que o setor digital contribua com mais de 10 por cento do PIB do país, com investimentos em computação de alta performance e a construção de um mercado nacional unificado de dados, capaz de impulsionar a economia digital de forma local e global[2][5].
Parte fundamental dessa estratégia é o foco na transformação digital das pequenas e médias empresas, que são essenciais para a economia chinesa. O Plano de Ação Especial para a Transformação Digital dessas empresas até 2027 prevê a modernização por meio da adoção de tecnologias digitais, capacitação em IA e uso intensivo de dados para melhorar qualidade e eficiência. O objetivo é criar um ecossistema digital colaborativo que envolva governos, empresas e outras entidades, promovendo um ambiente inovador e competitivo. Dessa forma, a China espera que 75 por cento das operações-chave dessas empresas estejam digitalizadas e que mais de 40 por cento delas adotem soluções baseadas na nuvem, estabelecendo modelos replicáveis para a transformação digital em larga escala[4].
Além disso, o país acelera esforços para construir uma infraestrutura digital de ponta, com a expectativa de superar 300 EFLOPS (exaoperações por segundo) em poder computacional até o final de 2025. Essa capacidade é fundamental para sustentar big data, internet das coisas, internet industrial e grandes projetos de computação distribuída, como o programa “dados do leste para computação do oeste”, que otimiza a distribuição e o uso dos recursos digitais em todo o território chinês[5].
Esse conjunto de iniciativas demonstra que a China está efetivamente moldando uma nova era digital, onde o dinheiro físico e as formas tradicionais de transação tendem a ser substituídos por sistemas digitais seguros, eficientes e integrados tanto no âmbito doméstico quanto internacional. A experiência chinesa oferece lições valiosas para o mundo sobre como as moedas digitais e a transformação digital podem transformar economias e alterar a dinâmica financeira global.
Para o público brasileiro e global, entender essa tendência é fundamental para se preparar para as mudanças que impactarão desde o mercado financeiro até o cotidiano das transações comerciais e pessoais. A digitalização do dinheiro e a expansão da economia digital criam oportunidades para negócios mais ágeis, controle mais eficiente de recursos e inclusão financeira ampliada, mas também trazem desafios em termos de privacidade, segurança cibernética e regulação.
Portanto, acompanhar o que ocorre na China é essencial para captar como será o futuro do dinheiro no mundo, e para que empresas, governos e indivíduos possam se adaptar às novas realidades econômicas e tecnológicas com inteligência e inovação.
